A chegada de um bebê à família é sempre motivo de muita alegria. Como fazer com os parentes e amigos que gostariam de conhecer o mais novo integrante nos tempos de pandemia?
Em geral, orientamos restrição das visitas no primeiro mês de vida do recém-nascido, por se tratar de um momento delicado de adaptação para o papai, a mamãe e o bebê. Pela imaturidade imunológica e adaptação à vida extrauterina, o bebê não deve ter contato com muitas pessoas. O puerpério já é um período desafiador por si só. A mãe estará se recuperando do parto e se dedicando aos cuidados com o bebê, sendo muito importante ter oportunidade para descansar.
Em virtude do risco de contaminação pelo coronavírus, devemos redobrar os cuidados para preservar a saúde da mamãe e seu bebê. O ideal é não realizar visitas ao recém-nascido enquanto a pandemia durar.
Pessoas com febre, mal-estar ou sintomas respiratórios devem permanecer em suas casas e procurar atendimento médico caso apresentem algum sinal de alerta.
Os parentes e amigos mais próximos, incluindo avós e padrinhos, devem evitar as visitas, mas entendemos que a saúde emocional também é muito importante e cada família pode avaliar, em conjunto, a possibilidade de encontros rápidos tomando as devidas precauções. A nova mamãe também precisa de uma rede de apoio, amparo e aconchego. Visitas rápidas dos entes queridos respeitando-se a distância de 2 metros, usando máscaras e com higiene das mãos podem ser combinadas. Elas devem ser realizadas em casa e não na maternidade. E no caso de casais que permaneceram isolados antes do parto e avós que também estão permanecendo em casa, sem contato com outras pessoas, o convívio pode ser possível, desde que todos estejam assintomáticos.
Esta é uma boa época para marcarmos encontros virtuais através de vídeos para que a saudade não aperte muito.
Em caso de dúvidas, consulte sempre seu pediatra e obstetra de confiança.
Com carinho,
Dra Juliana Veloso